domingo, 12 de junho de 2011

Mundo Livre S/A

Quem diria que na veia de Fred 04 corre a mesma lama do movimento Manguebeat idealizado pelo imortal Chico Science? Bom, pra vocês isso pode não ser nenhuma novidade, mas para mim quanto mais eu lia sobre a história da banda Mundo Livre S/A mais eu ficava estupefata. Além do mais, como é rica a história do Manguebeat. Tentarei narrá-la aqui como ela merece.

Pra início de conversa, por que o mangue foi escolhido como berço dessa nova cultura musical? Para se ter uma ideia, o manguezal é um dos ecossistemas mais férteis e diversificados do planeta e sua biodiversidade se traduz em uma significativa fonte de alimentos para o homem. Aí vem a grande sacada de Chico: fazer um paralelo dessa riqueza na diversidade dos mangues com a música de Recife que, por ventura, une vários ritmos musicais, como Maracatu, Rock, Música Eletrônica, Hip Hop, Funk e isso tudo caracterizaria o movimento. Genial não? É claro que a criatividade desse cidadão foi muito além, mas são cenas para os próximos posts.


Graças ao Manguebeat que, inclusive, repercutiu sua pluralidade em outros expoentes culturais, como Cinema e Artes Plásticas, Recife se consagrou como pólo musical pois diversas bandas emergiram do mangue. Transformada pelo movimento, Recife vira outra cidade, a "manguetown".


Mas o que é que Fred 04 tem haver com tudo isso? Ele e seus amigos Chico, Jorge Du Peixe, além dos futuros integrantes do Nação Zumbi, fincaram os pés na lama e colocaram o conceito Manguebeat em prática com suas composições e melodias. Fred escreveu o primeiro manifesto do movimento chamado "Caranguejos com Cérebro" e ajudou a construir sua história, cuja influência marcou a cultura brasileira.


A nível de curiosidade, narrando um pouco mais da história do vocalista da banda Mundo Livre S/A, Fred Rodrigues Montenegro nasceu na cidade de Jaboatão dos Guararapes, estudou no Colégio Militar do Recife e fez Jornalismo na UFPE. Curtia o "samba-blues" de Jorge Ben, punk rock e marxismo. Sua primeira banda de verdade se chamou "Trapaça", seguida pela "Serviço Sujo" (com influências de bandas do ABC Paulista), quando adquiriu o apelido de "Rato" (suas letras tinham forte influência do escritor George Orwell).


Na década de 80 a banda "Serviço Sujo" abre alas para "Mundo Livre S/A". "Rato" vira "Zero Quatro" (dois últimos dígitos do seu RG) e toca ao lado de dois dos seus irmãos, o baixista Jr. Areia e o baterista Tony, com um tom mais amadurecido e certo cinismo. Otto fez parte da banda (percussão) até 96, quando partiu para a carreira solo. Na década de 90 começa a história de Fred com o Manguebeat, o que tornou a banda Mundo Livre S/A mais pública. Em 97 Fred escreve o segundo manifesto Mangue "Quanto vale uma vida?", dada a morte do seu amigo e comparsa Chico Science em um acidente de carro.


Então galera, não deixem de ouvir o samba-punk da banda Mundo Livre S/A, como eles mesmos sintetizam na fórmula "Jorge Ben e Johnny Rotten no mesmo groove". É um som maneiro, cheinho de conteúdo, que marcou território no meu Mp3 Player. Meus xodós são: "Soy Loco Por Sol", "Édipo, o Homem que Virou Veículo", "Free World", "Meu Quinto Elemento", "Destruindo a Camada de Ozônio" e, claro, "Meu Esquema". 


Segue alguns sites interessantes para quem quer se aprofundar mais na história da banda.


Site Oficial
Entrevista
Manifestos
Discografia







terça-feira, 12 de abril de 2011

Guillaume Yann Pierre Tiersen

A música de Yann Pierre Tiersen é uma viagem lúdica pelo mundo do sonho. Dotado de um sentimentalismo à flor da pele, Yann faz melodia com leveza de alma. Nascido no dia 23 de junho de 1970 na cidade Brest, em Brittany (França), trouxe ao mundo canções criativas e envolventes, com um tom neoclassicista. Sua música de caráter minimalista, possui ritmos quase hipnóticos, com base na repetição e na estaticidade, frequentemente associada à música eletrônica e a elementos da folk music francesa.


Multi-instrumentista, utiliza em suas composições instrumentos como piano, acordeão, diversos tipos de violino, violoncelo, guitarra elétrica, banjo e piano de brinquedo. Seu estilo se assemelha ao de Penguin Cafe Orchestra e Pascal Comelade, porém alguns trabalhos mais tradicionais são reminiscentes de Chopin, Philip Glass, Erick Satie e Michael Nyman. Recebeu influências clássica dos vários conservatórios de música onde estudou, como Rennes, Nantes e Boulogne.

Em 1980, ainda adolescente, foi influenciado pela cultura pós-punk de bandas como Joy Division e The Stooges, além de ter feito parte de algumas bandas de rock em Rennes. Antes de lançar seu primeiro álbum, Tiersen já tinha gravado uma série de músicas para peças teatrais e curtas-metragens, como "La Vie des Anges Rêvée" (1998, Erick Zonca), "Alice et Martin" (1998, André Téchiné), "Qui Plume la Lune?" (Christine Carrière, 1999). No cinema francês, filmes como "La Vie des Anges Rêvée" (1998, Erick Zonca), "Alice et Martin" (1998, André Téchiné), "Qui Plume la Lune?" (Christine Carrière, 1999) e "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" (Jean-Pierre Jeunet, 2001), assim como o filme alemão "Good bye, Lênin!" (2003, Wolfgang Becker), têm composições de Tiersen.

Suas performances variam bastante em seus shows. Às vezes, Tiersen é acompanhado por uma orquestra, outras por uma baterista, baixista e guitarrista, ou ainda só com um piano. Costuma contar com alguns colaboradores na gravação de seus álbuns, como Françoiz Breut, Les Têtes Raides, Stuart Staples, Elizabeth Fraser, Neil Hannon, Bertrand Cantat, Claire Pichet, Dominique A. e Shannon Wright. 











DOWNLOAD DISCOGRAFIA


Faça o download da discografia completa através do link
http://megaupload.com/?d=SDWKLX3I 
ou baixe um disco de cada vez.


1995 - Las Valse des Monstres















1. Mouvement introductif
2. La valse des monstres
3. Frida
4. Quimper 94
5. Ballendaï
6. Comptine d'été N.º 17
7. Cléo au trapèze
8. La valse des monstres
9. Le banquet
10. Comptine d'été N.º 17
11. Mouvement introductif
12. La rue
13. Iwakichi
14. Hanako 
15. La plaisanterie
16. Le compteur 
17. Mouvement introductif


1996 - Rue des Cascates














1. J'y suis jamais allé
2. Rue des cascades" (com a participação de Claire Pichet)
3. Pas si simple
4. Comptine d'été N.º 2
5. Comptine d'été N.º 3
6. Déjà loin
7. La Chambre
8. Mouvement introductif
9. La muette
10. Naomi" (com Claire Pichet)
11. Soir de fête
12. Le vieux en veut encore
13. Toujours là
14. C'était ici
15. Prière N.º 2
16. Comptine d'été N.º 1
17. La fenêtre
18. Prière N.º 3
19. La pièce vide
20. La vie quotidienne


1997 - Bästard














1. La Mancha 
2. Twins
3. Marvelous Marvin Agler



1998 - La Vie Revée Des Anges













1. Rue Des Cascades (Version Remixée) 
2. La Plage 
3. Le Phare 


1998 - Le Cyclope de la Mer











1. Martin Mécanique 
2. Un Effrayé à Poisson Rouge Motel 
3. Travail Dans Le Phare 
4. Atempt Pour Tomber 
5. Divertissement De Poisson 
6. Matin Complexe 
7. La Tempête Rouge 
8. Une Destruction Aveugle 



1998 - Le Phare
















1. Le Quartier 
2. La Rupture 
3. Monochrome 
4. La Dispute 
5. L'Arrivée Sur L'Ile 
6. La Noyée 
7. Le Fromveur 
8. L'Homme Aux Bras Ballants 
9. Sur Le Fil 
10. Les Jours Heureux 
11. La Crise 
12. Les Bras De Mer 
13. La Chute 
14. L'Effondrement 


1999 - Black Session
















1. Sur Le Fil 
2. Geronimo 
3. Life On Mars 
4. La Rupture 
5. Monochrome 
6. Les Bras De Mer 
7. Roma Amor 
8. Tout Est Calme 
9. A Ton Etoile 
10. La Crise 
11. Les Forges 
12. La Noyée 
13. Ginette 
14. La Terrasse 
15. Bon Voyage 
16. Le Quartier 
17. Rue des Cascades/La Phare (Bonus track) 


1999 - Tout Est Calme















1. Plus au Sud 
2. La Crise 
3. Tout Est Calme 
4. La Rupture 
5. La Releve 
6. La Pharmacie 
7. La Terrasse 
8. L' Etal 
9. La Decouverte 


2001 - L'absente

















1. A quai 
2. La parade 
3. Bagatelle 
4. L' Absente 
5. Le Jour d'Avant 
6. Les Jours Tristes 
7. L' Echec 
8. La lettre d'explication 
9. Qu'en reste-t-il? 
10. Le meridien 
11. Le concert 
12. Le retour  



2001 - Le Fabuleux Destin d'Amelie Poulain 
















1. J'y suis jamais allé 
2. Les jours tristes (Instrumental) 
3. La valse d'Amélie (Original version) 
4. Comptine d'un autre été : l'après-midi 
5. La noyée 
6. L'autre valse d'Amélie 
7. Guilty (Al Bowlly) 
8. À quai 
9. Le moulin 
10. Pas si simple 
11. La valse d'Amélie (Orchestral version) 
12. La valse des vieux os 
13. La dispute 
14. Si tu n'étais pas là (Fréhel) 
15. Soir de fête 
16. La redécouverte 
17. Sur le fil 
18. Le banquet 
19. La valse d'Amélie (Piano version) 
20. La valse des monstres 


2002 - C'etait ici 
















CD 1 
1. Intro 
2. La valse d'Amélie 
3. C'était ici 
4. Rue des cascades 
5 La rupture 
6. La Terrasse 
7. Déjà loin 
8. Sur le fil 
9. Le jour d'avant 
10. Le banquet 
11. Les jours tristes 
12. La noyée 
13. Le moulin 
14. Le fromveur 
15. L'homme aux bras ballants 
16. L'autre valse d'Amélie 


CD 2 
1. Bagatelle 
2. Le méridien 
3. L'absente 
4. La parade 
5. La noyée II 
6. Monochrome 
7. Plus au sud 
8. Les Bras de mer 
9. Comptine d'un autre été: l'apres Midi 
10. Le quartier 
11. La crise 
12. Février 
13. La valse des monstres


2002 - Yann Tiersen avec Gotan Project

















01. Queremos 
02. Una Música Brutal 
03. Época 
04. Rue des Cascades/La Parade 
05. Bagatelle 
06. Le Quartier 
07. La Crise 
08. Santa María (del Buen Ayre) 
09. Tríptico 

















1. Summer 78 (Instrumental) 
2. Coma 
3. Childhood (1) 
4. From Prison To Hospital 
5. Mother 
6. Watching Lara 
7. Dishes 
8. First Rendez-Vous 
9. The Decant Session 
10. Lara's Castle 
11. The Deutsch Mark Is Coming 
12. I Saw Daddy Today 
13. Birthday Preparations 
14. Good Bye Lenin 
15. Childhood (2) 
16. Letters 
17. Mother's Journey 
18. Preparations For The Last TV Fake 
19. Mother Will Die 
20. Father Is Late 
21. Father And Mother 
22. Finding The Money 
23. Summer 78 [con la voz de Claire Pichet] 


2003 - On Aime, On Aide (ep)
















1. L'Intermittence 
2. Le Commerce 
3. La Vaisselle 


2004 - Concierto en Cartagena, La Mar de Músicas (live) 
















1. La Veille (live) 
2. Monochrome (live) 
3. Les Bras De Mer (live) 
4. Les Enfants (live) 
5. Sur Le Fil (live) 
6. A Ceux Qui Sont Malades Par Mer Calme (live) 
7. Bagatelle (live) 
8. A Secret Place (live) 
9. Le Quartier (live) 
10. La Boulange (live) 
11. Kala (live) 
12. La Crise (live) 
13. The Ex (live) 
14. L'Homme Aux Braux Ballants (live)) 
15. Plus d'Hiver (live) 
16. Western (live) 
17. Le Jour De l'Ouverture (live) 
18. L'horloge (live) 
19. Waltz #2 (live) 
20. Plus Au Sud (live) 
21. Le Banquet (live) 
22. Le Train (live) 
23. Loin Des Villes (live)


2004 - Yann Tiersen & Shannon Wright 
















1. No Mercy for She 
2. Dragon Fly 
3. Sound the Bells 
4. Something to Live For 
5. Dried Sea 
6. While You Sleep 
7. Ode to a Friend 
8. Ways to Make You See 
9. Callous Sun 
10. Pale White


2005 - In München (live) 















1. Le moulin (live) 
2. La veillée (live) 
3. Les enfants (live) 
4. Monochrome (live) 
5. Bagatelle (live) 
6. A Ceux Qui Sont Malades Par Mer Calme (live) 
7. Le bras de mer (live) 
8. Le jour de l'ouverture (live) 
9. Le quartier (live) 
10. Kala (live) 
11. La perceuse (live) 
12. La terrase (live) 
13. Le banquet (live) 
14. La valse d'Amèlie (live) 


2005 - Les Retrouvailles 
















1. Western 

2. Kala 
3. Loin des Villles 
4. La Veillée 
5. Plus D’hiver 
6. A Ceux Qui Sont Malades Par Mer Calme 
7. A Secret Place 
8. Le Matin 
9. Les Enfants 
10. Le Jour De L’ouverture 
11. La Boulange 
12. La Plage 
13. Mary 
15. Les Retrouvailles 
16. La Jetée 
17. Le Train


2006 - On Tour 















1. La Terrasse 
2. La Rade (avec Katel) 

3. Ma France à moi (avec Diam‚s et Grégoire des Têtes Raides) 
4. Les bras de mer 
5. 1er réveil par temps de guerre 
6. Mary (avec Elisabeth Frazer) 
7. La perceuse 
8. State of shock (avec Marc Sens) 
9. Le Train 
10. Esther 
11. La Rade (Version Studio) 


2008 - Tabarly 

















1. Tabarly
2. Naval


3. II
4. Au-dessous du volcan
5. IV
6. La longue route
7. 1976
8. Yellow
9. Point zéro
10. La Corde
11. 8 mm
12. Point mort
13. Dernière
14. Atlantique nord
15. Eire


2010 - Palestine 
















1. Palestine 
2. Palestine (Deadverse Remix) 

3. Palestine (Chapelier Fou Remix) 
4. Palestine (Third Eye Foundation Remix) 
5. Palestine (Yann Tiersen Remix) 
6. Palestine (ORKA Remix) 


2010 - Dust Lane 
















1. Amy 
2. Dust Lane 
3. Dark Stuff 
4. Palestine 
5. Chapter 19 
6. Ashes 
7. Till The End 
8. Fuck Me 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Janis Lyn Joplin

"On stage, I make love to 25,000 different people, then I go home alone." (Janis Joplin)


Janis Joplin marcou a história do Blues da década de 60 com sua voz incendiária, dotada de um espírito selvagem e visceral. Nasceu em 19 de janeiro de 1943 em Port Arthur, uma cidade petrolífera do Texas (EUA), onde descobriu na música de Leadbelly, Big Mama Thornton e Bessie Smith(de quem mais recebeu influências) sua força vital.

Filha de Dorothy e Seth Joplin, gerada em uma família conservadora de classe média, Janis se interessou pela pintura antes da música. Em 1959 expôs alguns de seus quadros em um café de Port Arthur. Nesta época, cantava no coral da Igreja e tinha interesse pela literatura Beatnik, especialmente Jack Kerouac, escritor de "On the Road", uma espécie de bíblia hippie. Forma-se no colégio Thomas Jefferson em 1960 e vai estudar na Lamar State College of Technology, em Beaumont (Texas).Na época da faculdade se enveredou pelo caminho da folk music e aos 17 anos saiu de casa para cantar em bares de Houston e Austin (Texas). Tinha a intenção de juntar dinheiro para morar na Califórnia.




Em 1960 vai a Califórnia pela primeira vez. Trabalhou como telefonista em Los Angeles, morou em uma comunidade hippie em Venice. Porém devido ao consumo abusivo de álcool e drogas retorna para Port Arthur em 1961 e retoma a faculdade. Em 62 se muda para Austine, onde trabalha como garçonete, e estuda na University of Texas. Aos 20 anos, Janis vai morar em São Francisco com seu amigo Chet Helms. Nesse período se envolve em brigas de rua e é presa por pequenos furtos em lojas. No ano de 1964 mora em Nova Iorque, onde tem seu primeiro contato com a heroína. Em 1965, devido ao abuso de whiskie e anfetaminas, volta a Port Arthur para um tratamento que duraria seis meses. Depois ela volta a cantar. 




Enquanto isso a banda Big Brother and The Holding Company é montada em São Francisco, sendo Chet Helms o empresário. Janis cantava no grupo 13th Floor Elevator quando seu amigo, Chet Helms, a convida para o Big Brother. De volta à Califórnia, em sua primeira aparição ao público em 1966, Janis surpreendeu com sua irreverência  munida de forte sentimentalismo e sexualidade. É lançado o LP Big Brother and The Holding Company, pela Mainstream. Janis e a Big Brother fizeram um show no Monterey Pop Festival em 1967 que atraiu a atenção de grandes gravadoras, principalmente de Clive Davis, presidente da Columbia, e do empresário Alberto Gossman (o mesmo de Bod Dylan) que assume a banda em seguida. Após o enorme sucesso da banda com o primeiro LP, a gravadora Columbia Records assina um contrato com a banda que grava o álbum "Cheap Thrills" e conquista o disco de ouro com 1 milhão de cópias vendidas.


No final de 68, Grossman anuncia a saída de Janis da Big Brother. No mesmo ano, Janis forma a banda Kozmic Blues com o gritarrista Sam Andrew, porém sua estréia mal arranca aplausos da platéia e, além disso, Janis recebe várias críticas desfavoráveis. No dia 16 de agosto se apresentam no Woodstock, porém Janis mal consege subir no palco devido ao abuso de drogas. Último show com o ex-Big Brother que foi demitido por roubar heroína de Janis. Em 1969 surgia o álbum "I Got Dem Ol'Kozmic Blues Again Mama!" com várias faixas de blues-rock, como "Try (Just a Little Bit Harder)". 


Para tentar se livrar da heroína, tirou férias em 1970 e decidiu viajar para o Brasil, onde ainda não existia a droga, em pleno carnaval no Rio de Janeiro. Isso aconteceu 8 meses antes de sua morte, na iminência de lançar o disco Pearl. Pousou para as lentes do fotógrafo carioca Ricky Ferreira, que a hospedou em sua casa depois de Janis ter sido expulsa do Copacabana Palace por nadar nua na piscina do hotel. Janis fez topless e cantou num bordel em Copacabana, onde reencontrou Serguei, um roqueiro brasileiro que havia conhecido nos EUA. Há relatos de um envolvimento amoroso.


Janis Joplin é encontrada morta na manhã de 04 de outubro de 1970 (27 anos), durante as gravações de Pearl, com o nariz quebrado, segurando um maço de cigarros na mão e um troco de pouco mais que 4 dólares na outra. Haviam ainda marcas recentes de agulhas em seus braços. No dia 07 ela foi cremada no cimitério-parque de Westwood Village, na Califórnia, e suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico, segundo sua vontade. Em novembro o Big Brother lançou seu LP "Be a Brother" com a participação de Janis em algumas faixas, que gravou pouco antes de ter saído da banda.

Janis seria perpetuada como uma grande intérprete do Blues.



Filmes

Monterey Pop - 1969. Direção: P. A. Pennebaker. 79 min. Documentário do Monterey Pop Festival, realizado em junho de 1967, que além de Janis, inclui The Byrds, The Who, Mamas & Papas, Jimi Hendrix, Ravi Shankar e outros. (Foi neste festival que Janis e Hendrix, foram reconhecidos e chamaram a atenção de grandes gravadoras).

Janis - 1975. Direção: Howard Alk e Seaton Findlay. 97 min. Documentário biográfico, incluindo cenas de vários shows de Janis.

The Rose - (A Rosa). 1979. Direção: Mark Rydell. 134 min. A cantora e atriz Bette Midler no papel de The Rose, cantora cuja carreira é baseada na de Janis.

American Pop - 1981. Direção: Ralph Bashki. 98 min. Desenho animado contando a história da música popular americana, desde a virada do século até o rock new-wave. Inclui mais uma cantora inspirada em Janis, só que em desenho animado; a trilha sonora tem "Summertime" com o Big Brother.

Coming Home - 1978. Direção: Hal Ashby. 128 min. Protesto contra a Guerra do Vietnã, estrelado por Jane Fonda e Jon Voight. Este filme foi muito elogiado pela crítica, e a trilha inclui "Call On Me", do primeiro LP de Janis com a Big Brother.
Janis também participou do Festival de Woodstock, que rendeu um filme, um LP triplo e um LP duplo, seus empresários vedaram a reprodução da participação de Janis, o porque não se sabe, talvez seja por Janis estar "realmente alterada" no show, ou quem sabe estão apenas esperando o "momento certo" pra ganhar um pouco mais de dinheiro. Especulações à parte, que a gravação existe, existe.


Livros (e revistas)

Janis Joplin - publicação especial da Nova Sampa Diretriz Editora Ltda. Autor: Ayrton Mugnaini Jr. Contém Cronologia, Discografia, Filmografia, Bibliografia. 1993.

Buried Alive (Enterrada Viva). De Myra Friedman. 1974. Biografia escrita por uma amiga de Janis. Muito boa (a biografia, a amiga eu não sei, nunca vi).

Going Down With Janis. De Peggy Caserta. 1975. Esta biografia parece não estar muito preocupada com a carreira de Janis, o livro começa com uma cena de lesbianismo entre a cantora e uma amiga, deixando claro que a preocupação do livro é com a vida particular e "os podres" de Janis. A autora do livro também foi um caso de Janis.

Janis. De David Dalton. 1974. Certo dia o autor deste livro disse a Janis que queria escrever um livro sobre ela, e se poderia acompanhá-la, a resposta: "Se você puder pagar suas passagens, pode ficar grudado em mim o resto da vida". Colaborador da Rolling Stone, David Dalton fez um trabalho considerado bastante profissional, entrevistou Janis várias vezes para escrevê-lo.
The Rose . (A Rosa). 1980. Devido ao sucesso do filme, transformaram o roteiro em livro, foi lançado também no Brasil.

Janis Joplin Por Ela Mesmaorganizado por Atanásio Cosme. 1990. Coletânea de entrevistas de Janis. Inclui cronologia e discografia. O livro peca por nem sempre citar os locais, datas e entrevistadores.

Love, JanisDe Laura Joplin. 1992. Sim, ela mesma, a irmã de Janis resolveu reunir e lançar um livro com as cartas que recebeu da cantora desde que ela saiu de Port Arthur até os últimos dias.

Janis JoplinDa Coleção de fascículos "Rock, a História e a Glória". 1975. Com texto de Ana Maria Bahiana, este fascículo é um ótimo ponto de partida para os neófitos.

Janis Joplin fascículo do fã-clube ASAS. 1980. Dedicado - a princípio - aos anos 60, este fã-clube editou o segundo volume de uma série de fascículos, chamadas "Asaspecial", sobre Janis, com biografia, discografia e uma seleção de letras.

Janis JoplinNúmero especial da revista brasileira "Rock In Magazine", 1993.





Mais fotos